Criado em 26 de maio de 2022 e Atualizado em 30 de maio 2022
Confundir os dois pode acabar gerando problemas financeiros. Por isso é importante saber identificar a diferença entre eles para tomar melhores decisões.
Organizar as Finanças por Mariana Neves – Content Writer no Nubank
“Eu preciso comprar isso”. Talvez você já tenha dito ou escutado essa frase por aí. Mas, será que precisa, mesmo? Essa confusão entre o que é necessidade e o que é desejo acaba atrapalhando as contas de muitas pessoas.
Um estudo realizado em 2021 pela CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas), em parceria com o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e o Sebrae, mostra que 44% das compras pela internet são por impulso.
Uma outra pesquisa, também realizada por eles, aponta que 41% dos consumidores que compram por impulso têm contas atrasadas. Ou seja, adquirir produtos sem se planejar pode prejudicar a sua saúde financeira. E mais: isso pode ser um padrão de comportamento.
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Uma outra pesquisa, também realizada por eles, aponta que 41% dos consumidores que compram por impulso têm contas atrasadas. Ou seja, adquirir produtos sem se planejar pode prejudicar a sua saúde financeira. E mais: isso pode ser um padrão de comportamento.
Para conseguir escapar das armadilhas das compras por impulso, é importante saber a diferença entre desejo e necessidade.
Abaixo, veja a diferença entre os dois termos e como eles refletem na suas finanças.
O que é necessidade?
A definição econômica para necessidade é “algo imprescindível para sobreviver”. Isso inclui itens considerados básicos como água, comida e moradia, por exemplo.
Na Hierarquia de necessidades de Maslow, proposta pelo psicólogo americano Abraham H. Maslow, cada ser humano se esforça para satisfazer as suas necessidades pessoais e profissionais. É um esquema que apresenta uma divisão de importância em que as necessidades consideradas da base devem ser satisfeitas antes das necessidades do topo da pirâmide.
Nessa pirâmide, existem as necessidades primárias (básicas) que são as fisiológicas como beber água e se alimentar, e as necessidades secundárias, que são as sociais, de estima e auto-realização.
Entenda:
Necessidades fisiológicas: São aquelas que relacionam-se com a biologia do ser humano. É a necessidade de se manter vivo, de respirar, de comer, de descansar, beber, dormir, etc.
Necessidades de segurança: Que estão vinculadas às necessidades de se sentir seguro, sem perigos para a vida, em ordem, e também de manutenção do emprego, por exemplo.
Necessidades sociais: São necessidades de manter relações humanas com harmonia, ou seja, sentir-se parte de um grupo, receber carinho e afeto.
Necessidades de estima: O que quer dizer o reconhecimento das nossas capacidades por nós mesmos e o reconhecimento dos outros. Em geral é a necessidade de se sentir respeitado por si e pelos outros.
Necessidades de auto-realização: Incluem a realização, aproveitando todo o potencial próprio, ao fazer o que a pessoa gosta e é capaz de conseguir. Relaciona-se com as necessidades de estima: a autonomia, a independência e o auto controle.
Fonte: Gov.br
O que é desejo?
No dicionário, desejo significa “1. tendência da vontade a buscar o conhecimento, a posse ou o desfrute de alguma coisa. 2. Anseio ou carência consciente; querer, vontade. 3. Anseio veemente de alcançar determinado objetivo; ambição, cobiça.”
Os desejos também são moldados pela cultura, pelo contexto em que cada um vive e por questões de personalidade individual.
Qual a diferença entre desejo e necessidade?
Em resumo, a necessidade é algo indispensável para a nossa sobrevivência. Já o desejo é algo que pode ser dispensável, ou seja, não precisamos dele para viver. Quando o assunto é dinheiro, fique atento para não tratar os desejos como se fossem necessidades.
Por exemplo: as pessoas precisam de água para viver. Mas esta necessidade pode virar um desejo quando existe a vontade de consumir uma garrafa de água da marca X, que custa muito mais caro. O mesmo vale para objetos mais caros, como um celular ou um tênis, por exemplo.
Por isso, antes de comprar, pergunte a si mesmo:
Realmente quero?
Preciso disso?
Posso comprar à vista?
Esse é o momento certo para fazer isso?
Isso vai impactar meu orçamento?
Responder essas questões talvez te ajude a entender como se organizar melhor e o que priorizar.
Se for algo que você realmente precisa, mas não possui a quantia disponível no momento, talvez solicitar um empréstimo pessoal seja uma alternativa.
Planejamento financeiro: por onde começar?
Ter controle do seu dinheiro, conseguir lidar com imprevistos e, se e quando for possível, guardar para realizar seus objetivos. Essas são as principais vantagens de fazer um planejamento financeiro. Isso pode te ajudar a ter mais qualidade de vida e menos dor de cabeça.
Abaixo, veja algumas dicas que vão te auxiliar na hora de começar a organizar suas finanças:
Organize suas contas mensais e coloque suas despesas no papel: (nada de fazer orçamento na cabeça) Comece anotando todos os ganhos fixos ao longo de um determinado período. Coloque no papel o seu salário líquido e outros rendimentos já previstos.
Em seguida, planeje os gastos fixos ao longo desse mesmo período, como planos de celular e/ou Internet que não variam sem avisos prévios, aluguel, prestação do carro ou da casa, por exemplo. Inclua, também, um valor referente às contas de luz e gás.
Com essas informações registradas, você verá de forma mais clara a sua situação financeira atual.
Ajuste sua rotina de acordo com essas informações: Uma dica para controlar essa etapa do planejamento financeiro pessoal é lançar na sua planilha ou caderno todo tipo de gasto, como as suas compras no supermercado e o valor da fatura do cartão de crédito.
É importante definir limites para cada tipo de gasto. Separar as despesas por categorias é uma boa forma de enxergar o que mais consome seu dinheiro e entender o que pode ser cortado na hora de economizar. Se possível, separe uma porcentagem do seu salário e demais rendimentos para o lazer e, se der, defina uma quantia fixa para guardar no fim do mês (não importa o valor).
Cuide do seu dinheiro: Fique atento. É importante evitar que seu dinheiro seja comido por taxas ou tarifas abusivas e até desnecessárias, ou que perca valor por causa da inflação. Por isso, uma das recomendações é checar as cobranças do seu banco para movimentações e transferências e também conferir qual é o rendimento da sua conta.
As contas correntes tradicionais, por exemplo, não oferecem nenhum tipo de rendimento. As poupanças possuem aniversário de depósito – ou seja, é preciso esperar 30 dias para resgatar o que rendeu.
Ao se organizar, você pode evitar e até sair de uma dívida, e limpar seu nome, por exemplo.
Fonte: nubank